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Reforma Tributária: 5 passos para adaptar a sua empresa
A Reforma Tributária já é realidade e vai remodelar a forma como empresas brasileiras recolhem impostos e estruturam sua gestão fiscal. A transição para o novo modelo, que promete simplificar a cobrança e dar maior transparência ao sistema, vem exigindo preparação imediata das organizações. O alerta é da WK, empresa de tecnologia para gestão empresarial (ERP), que vem reforçando a necessidade de que o setor produtivo comece agora a estruturar seus processos, sistemas e equipes.
Embora o primeiro ano seja considerado de testes, as mudanças impactam diretamente a rotina operacional das organizações — especialmente na emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e, NFC-e, NFSe, CT-e e outros documentos).
“Deixar a adaptação para a última hora pode gerar não apenas riscos financeiros e operacionais, mas também perda de competitividade. Antecipar-se é a melhor estratégia para atravessar essa mudança de forma segura e eficiente – e a tecnologia é uma peça-chave para transformar adaptação em diferencial competitivo”, afirma Graziele França, contadora e especialista em Reforma Tributária da WK.
Mais do que uma obrigação legal, a reforma tributária altera a forma como os negócios são feitos e representa uma oportunidade para que empresas fortaleçam a governança e ganhem eficiência. Por isso, a corporação indica uma agenda concreta que as organizações devem seguir com urgência:
• Diagnóstico do impacto tributário e setorial: empresas devem mapear desde já os impactos da Reforma sobre produtos e serviços, avaliando efeitos no fluxo de caixa, margem de lucro, precificação, créditos tributários e novas classificações tributárias.
• Adequação imediata de documentos fiscais eletrônicos: em janeiro de 2026 será obrigatória a emissão de notas fiscais com os campos de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS: 0,1%) e Contribuição Sobre Bens Serviços (CBS: 0,9%). “Quem não adequar seus sistemas não conseguirá sequer faturar, já que, a partir de janeiro, os documentos fiscais só serão autorizados com os novos campos de IBS e CBS”, explicou Graziele França, especialista contábil da WK. É importante frisar que o ano de 2026 é de testes para o IBS e a CBS, ou seja, os valores dos novos tributos não somam no valor total da Nota Fiscal, eles são apenas informativos.
• Revisão das classificações e códigos tributários: o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) deixa de ser a principal referência e dá lugar ao par Código de Situação Tributária (CST) + Classificação Tributária, vinculados diretamente à Lei Complementar 214. Isso exigirá revisão detalhada dos cadastros de produtos e serviços.
• Eventos da NF-e: além dos campos de IBS e CBS, as empresas poderão registrar eventos relacionados às operações, como perdas, furtos e destinação de produtos para uso pessoal. Esses eventos integrarão as obrigações acessórias e serão condição para a dispensa do recolhimento dos tributos em 2026. Lembrando que o registro dos Eventos da NF-e em 2026 contempla o período de testes do IBS e da CBS, ou seja, não há intenção por parte da Receita Federal em gerar prejuízos operacionais ou econômicos para as empresas, e sim apenas testar as operações.
• Planejamento e governança tributária: com a transição até 2032, será essencial estruturar comitês internos, treinar equipes fiscais e contábeis e revisar contratos e operações para garantir conformidade.
A WK, desenvolvedora do ERP WK Radar, já vem incorporando ao sistema todas as mudanças trazidas pelo governo para a Reforma, com o objetivo de simplificar a adaptação dos clientes. Até o fim de 2025, a plataforma, que já contempla informações de CBS e IBS na NF-e e NFS-e, também deverá ampliar as classificações tributárias disponíveis, integrando a calculadora oficial da Receita Federal diretamente no ERP e reduzindo ao mínimo a necessidade de cadastros manuais.
“Nós estamos desenvolvendo um motor de cálculo inteligente que, a partir do NCM ou NBS, já identifica automaticamente a CST e a classificação tributária correspondente, preenchendo os campos corretos e calculando os tributos de forma automática. Isso garante mais segurança e menos esforço para nossos clientes”, destaca Darlene Wilke, analista de negócios da WK.
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